Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

 

La ventana

 

Deixa aberta para entrar o ar da esperança
A brisa doce de um amanhecer
O frescor das madrugadas insones
As rajadas fortes de continuar o caminho
Transpondo e retirando obstáculos
La ventana que balança canaviais
Trigais
Campos floridos de alfazemas e camomilas
Abre as janelas do coração e deixa sem medo o amor entrar
Refrigerar a alma da paixão
Os dias aziagos
Empurrar as nuvens do pessimismo
Os medos das noites de breu
La ventana bailando num tango ao som de Gardel
Em noites de erros e amores proibidos.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Anuário da Nova Poesia Brasileira"- Edição Especial - Maio de 2017