Marina Moreno Leite Gentile
São Paulo /SP

 

 

A paz


O anseio de paz deveria se expandir,
tirar a dor das crianças maltratadas,
a fome dos animais abandonados,
o frio de quem não tem um cobertor,
as lágrimas dos injustamente agredidos,
as armas de quem não se coloca no lugar do outro,  sem amor.

A paz que começa em mim tem o desejo de contagiar,
quem vive próximo  ou além-mar, gente de toda crença,
não é justo viver com a maldade, sofrimento,
é  preciso  pessoas com um mínimo de harmonia,
para que tudo  seja agradável, desde o nascer do dia.

A chance de viver tem sua trajetória,
um caminho de realizações,  aprendizados,
a paz  é o vetor para tudo,   na vida,
até que chegue o momento da despedida.

Se a vida é tudo,  a paz um privilégio,
e só a paz permite que a vida valha a pena,
as atitudes não podem ser mesquinhas,
devem ser grandiosas,  nunca pequenas.

 

 
 
Poema publicado no livro "Anuário da Nova Poesia Brasileira"- Edição Especial - Maio de 2017