Rubercil
da Silva Ribeiro
Volta
Redonda / RJ
Quem
me dera
Quem me dera fosse,
O petulante vento que desarranja teus cabelos
Sussurrando indecoros nos cândidos ouvidos.
A atrevida mão que acaricia teu corpo
Conduzindo-te ao cume de sórdidos prazeres.
Quem
me dera,
Ainda que por breve momento fosse,
A insistente lembrança que te provoca insônia
Lançando-te a mercê de profanos pensares
.A sedutora flor que toca teus lábios
Em derriços e afogueados beijos.
Quem me dera fosse,
Por não mais que um minuto,
Os lençóis que resignados aconchegam teu corpo
Embalando licenciosos sonhos.
Os sequiosos olhos que silentemente
Contemplam tua fulgente nudez.
Se
tal fosse,
Ainda que por míseros momentos.
Morreria feliz em meus devaneios
Estanciando por alguns benditos instantes
Inauditos deleites dormentes
Nos inquietos latejos do meu pensar.
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