Fábio Ferraz
São Carlos / SP

Para que a vida pare

Eu quero aquela imagem primitiva
Onde eu achava luz... aquele ar de glória...
Quando as vibrações de uma existência ativa
De lutas e façanhas ti contavam a história.

Pensar em ti era trazer à mente pensativa
Brincadeiras, trejeitos, de uma alegria notória...
Achava em ti, a Vida, aconchego e viva...
- Por isso quero aquela imagem de vitória.

Não quero a outra cena que passou-me um dia
Quando ti vi sem paz, cansado, sem harmonia...
No leito de uma cama só e sem conforto;

Muito menos eu quero a realidade de ora
Que é de tristeza, de saudade... (alma que chora...)
E que me diz estás, neste momento, morto.

(Ao Tio Mário Ferraz - memória póstuma)