João Francisco Lins Maciel Borges
Belém / PA

O barco da magia

Se a história pudesse voltar,
Ainda que fosse por um dia,
Conceberia o barco da magia
Pra no mar do sonho singrar.

O marinheiro negro no timão
E meus queridos companheiros
Da liberdade os mensageiros
Formando a imortal tripulação.

Sem ato de amotinamento
Abolir-se-ia o uso da chibata
Que já não fere nem mata
E sequer serve de ornamento.

Navegaria sob o céu eleito
Em águas de plena acalmia
Onde o Mestre os abrigaria
Ficando tudo justo e perfeito.

Cristo, o Criador da confraria,
Com todos em total comunhão
E o fogo do amor no coração
Repartiria o pão da democracia.