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Cleverson Camelo Silveira
Luziânia / GO

 

A teia

Quando menino eu só queria aprender.
Tudo eu agarrava: livros, revistas, jornais.
Eu queria era conhecer.
Pedia emprestado, catava no lixo, pois desistir jamais.

O mundo mudou e homem me tornei
A informação agora está em todo o lugar,
Basta algo querer,
Que e só um botão clicar.

Na rede tudo é simultâneo e instantâneo.
Em suas veias virtuais opera o real e a ilusão,
Corre o amor e o ódio,
A violência e a paixão.

Nela tudo pode se acessar.
Jovens e crianças lá tudo precoce se aprende.
Um mundo livre, um território de todos,
Que a verdadeira função pouca gente entende.

Em suas interfaces a criança voa, o adulto chora e o velho sorri.
Todos fazem parte dessa imensa cidade.
Mas, no fundo,
Ninguém sabe quem está dizendo a verdade.

Mas, o mundo é assim mesmo, tudo evolui.
A rede é ambivalente.
E, se tem algo errado,
O problema está é na gente.

 

 


   
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 116 - Setembro de 2014