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Rozelene Furtado de Lima
Teresóplis / RJ

 

Ah! Poeta

 

Pelo teu exílio e tua saudade
Pela tua dor do amor perfeito
Que perdestes para a o preconceito
Pelo fervor da tua luta pela igualdade
Pelos nativos da nossa nação
Que estão sendo expulsos do seu torrão
Pelo teu amor ao nosso chão e a natureza
Pela vida, pela raça, pelo sangue
Pelos teus versos de lirismo e beleza
Falo em nome da mãe gentil Pátria brasileira
Nossa terra ainda tem palmeiras
E algumas aves cantadeiras
Que estão ficando sem árvores para os ninhos
Ficarão sem teto nossos passarinhos
No céu as mesmas estrelas estão cobertas, embaçadas,
E pouco dá para vê-las num véu opaco, enfumaçadas
Nossos bosques estão sumindo
Muitas flores não estão florindo
Os leitos negros dos rios poluídos a soluçar
Secando por não poderem mais navegar
Nossa vida está se perdendo em falsos amores
E já não tem tantos primores
É preciso ser poeta para viver, ver e não desanimar
Junto a tua voz gritar em altos brados  fazer ecoar
Nos palácios dos governos, na fazedura das leis
E mostrar que o meio ambiente ainda tem vez
Cantaremos uníssonos tua canção aqui e em outros acolás
Para não ficar no passado
O patriótico canto gorjeado dos sabiás!

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 129 - Outubro de 2015