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Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

A carpideira

 

A carpideira chora
(mas por dentro ela ri).
Tão real seu fingido choro!
Tão funérea sua profissão!
Ri de todos que acompanham
Os funerais do morto pranteado.

A carpideira chora
A carpideira ri.
Seu pranto me envolve
Seu sorriso me comove.

Ao chegar no Campo Santo
Chora mais… ri mais…

Seu carpido, dor aguda
Que não tem cura
Música estridente que perdura
E perfura meus tímpanos.

Ao chegar sua hora
Também chorarei…
Também rirei…

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 132 - Janeiro de 2016