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Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

Por onde anda a poesia?

 

A poesia anda em todos os lugares
É universal e ao mesmo tempo personalizada
Ela não precisa de decretos para ser anunciada
Vive tomando banhos nos rios, mares e oceanos
Vive a caminhar pelas rachaduras do tempo
Criando possibilidades de ver o impossível gesto
Emoldurado nos quadros e nos signos
Que contam a nossa história nas margens da criatividade.
A poesia é feita de um tecido especial
Toca em todos os humanos e em todos os sentimentos
Mas não permite ser tocada em sua essência pela destrutividade 
Que não reproduz vida, sentido e amor.
A poesia torna-se um rio e navega com as suas águas
Os corações humanos cansados e oprimidos pelo tempo
E ela não se cansa de tocar nas altas montanhas
Que elevam o pensamento ao seu infinito encontro com Deus.
A poesia é a única manifestação de sons e letras
Que faz o mundo se mover na direção do caminho
Que direciona o homem à sua paz interior.
Mas por onde anda mesmo a poesia dos dias atuais?
Anda descalça de ameaças e sombras
Beirando o rio Saudade, o rio Veracidade
Levando o poeta ao mar de encantos e magias,
E quem dela se aproxima ou a ela se entrega
Vive sob o rastro de um real sentido
Que dá a este mundo cheio de impurezas
A beleza de sua genuína e pacífica arte:
A arte de imitar e ser feliz.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 139 - Agosto de 2016