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Giovana Neves
Iguape / SP

 

Duras penas de Maria apenas

 

Nasceu Maria das Graças
Todo encanto dela emergia
Vivia a fazer pirraça
Destruía tudo que via.

Ainda menina, Maria Aparecida,
No primeiro dia de escola
Era por todos desconhecida
Quem a via, não dava bola.

Tempos difíceis na mocidade
No morro Maria do Socorro foi morar
Incomum andar só nessa idade
Maria vivia pelos cantos a chorar

Tornou-se Maria Esperança
Quando voluntária no hospital
Espantava todas as crianças
Médicos, funcionários e também o mal.

Chegaram os setenta
Maria agora era dos Prazeres
A espera da morte experimenta
Deliciando-se em seus saberes.

Na lápide, seu verdadeiro nome:
Maria das Dores, a esquecida.
De afeto, nessa vida passou fome
Por poucos, das Dores foi querida.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 140 - Setembro de 2016