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Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

Will: franqueza williana de ser

 

Um amigo sempre abre os braços
E deixa o mar de águas tranquilas entrar...
Indo além da amizade, desfaz e refaz por meio do amor
As pedras que encontram no meio do caminho
E as transforma em diamantes preciosos...
Um amigo ultrapassa os limites da voz que invade o seu mundo interior
Recupera com as armas do amor sentimentos perdidos,
Criando sonhos repletos de alteridade,
Carregando do outro parte que a ele pertence...
Um amigo é feito de secretos segredos segregados
Em seu silencioso prazer de servir...
Se faz no doce levantar de um amanhã que surge
Trazendo novas perspectivas repletas de cores, sentidos e avivamentos
Porque ser amigo é de repente perceber-se como parte da vida de outros
Livrando-se de futuros duvidosos
Que apagam de nossa magna lembrança
A potência divina da poesia que aproxima os homens de sua primitiva origem
Libertando-os de violentas garras de voos de águias avassaladoras...
Um amigo se faz pela palavra dita no dia bendito,
Bem dito signo que cria dentro dos homens pensantes
Um diálogo firme com o Criador
E se embebeda na criação de ideias operantes vindas lá de dentro
De seu complexo mundo interior...
Um amigo se distribui na paciente leveza
Que só tem quem por ela se deixa tocar
Devotados por um entreolhar que sabiamente brilha
Como um precioso diamante
Entregando-se à franqueza williana de ser.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 140 - Setembro de 2016