Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG

Leandro Gomes de Barros

Veio de berço iletrado...
Mas o couro cru e curtido por ele não foi usado
Sua ida ao “mundo” urbano abriu um leque de opção
Trazendo liberdade àquela mente que ansiava evolução

A sensibilidade daquele então campesino
Traçou seu destino
Era a poesia que seu coração pedia

Sua curiosidade e empenho pelas letras
O afastaram de ser um vaqueiro nordestino
Mas não subtraiu de sua mente criativa
 Esporas, chicotes, estribos e gibão

Visualiza de forma brilhante
O comportamento dos que habitavam
Seu ninho de nascimento...
Delineava seus versos
Como se ali estivera naquele momento

Boi estropiado, tatu, calango e mandacaru...
Também o cavalo selado e o ágil e elegante veado
Eram astros coadjuvantes em seus cordéis
Na luta ferrenha entre cangaceiros e “coronéis”

A história confirma...
O cordel brasileiro tem seu rei entronado
É ele... Leandro Gomes de Barros
O pioneiro do folheto rimado.