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Isaías Barbosa
Curitiba / PR

 

 

Chuva

 

Chuva gotas cristalinas ao vento
A perambular nas nuvens desse céu
Presos nesta cabeça há muito tempo
Um mar revolto de sonhos perdidos ao léu.

Como uma cortina úmida de seda
Vai molhando os planos do colono
Vão inundando as ruas, praças e alamedas.
Embalando os pensamentos e sonos.

Gotas que batem no telhado continuamente
Num tique e taque como relógio marcando as horas
De segundo em segundo a contar suavemente
Como um coração batendo ritmado agora.

Com a chuva insistente, caindo lá fora.
Severa fria, dolorida, mas inocente.
Tão fina como se polvilhasse a terra agora
Vai encharcando minha alma e minha mente.

O tempo passa rápido enquanto a chuva cai
Ao cair, ela corre de forma perene, neste instante.
A terra abraça a água, se deleita, se embriaga e vai.
Desaguar numa fonte que a espera como um amante.

Querida e graciosa chuva
Se a terra fosse à mão
Você seria como uma luva
Que se encaixaria neste chão.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 142 - Novembro de 2016