José Everaldo de Araújo
São Paulo / SP

Permita-me

Permita-me que te olhe assim,
Mesmo sem jeito, encabulado,
Tua presença é mesmo pra mim,
A forma de um dia encantado.

Permita-me ser o seu amigo,
Poder lhe mostrar quem eu sou,
Ouvindo às frases que digo,
Do poema, que fiz e lhe dou.

Permita-me que fique ao seu lado
Nos momentos de descontração,
Falar do presente ou passado,
Das peripécias do coração.

Permita-me ver a alegria,
Nesse tão meigo semblante,
Contagiar-me eu queria
Pra me sentir importante.

Permita-me poder lhe abraçar
E lhe demonstrar meu carinho,
Afeição, é uma forma de amar
Sem precisar estar juntinho.

Permita-me só mais uma vez
Que eu possa de ti me lembrar
De tudo o que você já fez,
Quando eu ia te encontrar.