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  Claudia Fontenele Alves da Silva
Águas Claras / DF

 

 

Tirania

 

Ninguém é tão pobre
que não possa dar um sorriso.
Ninguém é tão rico
que não necessite de uma palavra amiga.
Quando negligenciamos
uma palavra de conforto,
somos tiranos e levianos,
empobrecemos nossa alma.
Tirano ou não,
não posso ser insensível
pois careço de atenção,
necessito de humanização.
Preciso de você e,
você pode me humanizar.
Somos todos carentes,
eu e você; você e eu
Carecemos de amor.
Precisamos um do outro.
Se você chora,
não sou tão insensível a sua dor.
Se você sorri,
posso muito bem ficar contente.
Recuso-me a sofrer tirania,
Entretanto, sou tirano
quando fico indiferente e apático
ao perceber que te faço sofrer
.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 144 - Dezembro de 2016