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Aliomar Costa
São Paulo / SP

 

Tribunal da vida

 

A justiça anda desamparada,
Por excesso de tantas leis,
Na bengala vive amparada,
Pois no olhar já está cega e sem vez

São tantas as faces da justiça,
Que a injustiça se justifica,
A impunidade é antiga e só atiça,
Numa vida cheia de intrigas...

Julgar, condenar ou absolver,
O tripé do que lhe espera,
A raiz da violência não quer morrer,
Mas a da paz  está coberta pela guerra

Neste tribunal da vida cotidiana,
Somos todos vítimas e vitimados,
A justiça nesta corda bamba,
É a liberdade ou ver o sol nascer quadrado

Aos que esperam justiça:
Ter a calma e paciência que ela vai chegar,
Pra quem comete injustiça
A lei talvez há de lhe pegar... se pegar

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 144 - Dezembro de 2016