Seguir o tempo
No tempo que for
Ainda que eu tenha
Me fragmentado...
Porque algum pedaço de mim
Ficou retido em algumas primaveras
Por aí.
Agora vivo dias de brisas leves,
Agora vivo no tempo da delicadeza,
Agora sou outono,
Mas meu coração encaixotou
Tantas primaveras...
Porque sem a primavera
Não tem como florir
O amanhecer.
Poema
publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos -
Volume 145 - Janeiro de 2017