Elizabeth Maria Chemin Bodanese
Pato Branco / PR

 

Fundo do poço

 

Meu Deus!
Onde está a Ordem neste país?
Sombras assombram um futuro incerto
Do vovô ao querido e pequenino neto
Que sem rumo procuram o caminho certo!

Onde está a Ordem neste país?
Que vive agora uma agonia...
Desrespeito, violência, sangue dia a dia!

Meu Deus!
Onde está a Ordem neste país?
Presídios são construídos
Para abrigar assassinos, bandidos
Que em vez de labutar,
Pagar para se alimentar,
Lá de dentro de uma cela
A cada segundo apagam mais uma vela!

Meu Deus!
Onde está a Ordem neste país?
Presídios são destruídos
Pelos próprios presos insatisfeitos
Que protegidos pelos supostos direitos,
Armados ditam leis e na ociosidade
Dominam uma sociedade.

Meu Deus!
Qual PODER tem CORAGEM
De enfrentar tamanha impunidade?

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 146 - Fevereiro de 2017