Sou o que escorre da tinta
O que, displicentemente,
Refaz
O que a dor desfez
Sou a essência do poeta
O instrumento, o silêncio
Por vezes, a ilusão.
O que desnuda a alma,
Os sonhos, a desilusão
A arte sentida
Chorada
O que compõe os versos
Sou a palavra
Mais nada.
Poema
publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos -
vol. 147 - Abril de 2017