Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Salve o povo brasileiro

 

Se na silenciosa dor que se anuncia
A ânsia dilacerada da mágoa em se perder
Vê-se com os olhos inflamados a ferida a sangrar a alma
De um povo que já foi vencedor...
Memória deste governo que não se consente
Que em nossa razão descontente
Possa pousar um verso não violento
E dê-nos de volta a dignidade de ser gente
Que em face de um coral de dementes vorazes
Devoram tudo à nossa frente...


Oh! Não permita Deus dos sofridos
Que o mal vingue nesta terra de santa e honesta gente
E nos envergonhe de nossa ação passada, frustrada, corrigida,
Ingrato e maltratado jogo de signos errantes...
Que nos fez ver a cilada do inimigo vingar-se de repente
Quebre ó Deus a espada do vil tentador
Que nem percebe que Tu estás de olhos bem abertos
A vê-lo perseguir o seu povo sofredor...


Oh! Deus dos abraçados e acalmados
Atendei aos nossos versos desalmados e iludidos
Tirai de nossa face o inimigo de teu povo
E fazei de nosso povo novamente um campeão
Que venceu o bom combate com a proteção do Criador...
Salve o povo brasileiro, ó Deus da libertação!

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 150 - Julho de 2017