André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

Pandilhas em Brasília

 

Indigna de pena em Brasília
É cena que nos bastidores pena
Por ser danosa e mesquinha cena
Melhor que fique à sombra da armadilha...

Aos corredores andam em matilha
Devoradores da esperança plena
Fazendo do Brasil imensa arena
Sentenciando à morte nas planilhas...

E pelas trilhas do Planalto plano
Se vão pandilhas ajustando planos
Pra se manterem vivas superquadras...

E doutros planos, lá do azul da vida
Se veem vidas trôpegas, sofridas
Em vãos desertos serem abandonadas...

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 151 - Agosto de 2017