José Everaldo de Araújo
São Paulo / SP
Pavor da noite
O pavor da noite que assola o fraco
No desvario de seu medo constante
Vai exterminando seu frágil controle
Que por desespero fica vil e arrogante.
Enfurecido pelas condições extremas
Expressa seu pavor, como uma apostema
De um ferido que está com muita dor.
Abatido e totalmente fragilizado
É prisioneiro de uma situação,
Encontra-se perdido e abalado
Desprovido da própria razão.
O pânico, deveras desmedido
Elimina a coragem do sofredor,
Que só deseja estar escondido
Por estar à prever o horror.
A resolução do imaginário
Do cérebro que está à computar
Reações diversas de um calvário,
Que ali se instalou e quer ficar.
As perspectivas de um raciocínio
Intranquilo e comprometedor,
Abre as portas para um fascínio
Poderoso, cruel e estarrecedor.
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