Jaídson Gonçalves
Campos dos Goytacazes / RJ

 

Rascunho eterno

 

O amor que cativas,
É tão sublime,
A maestria das folhas,
Ao fulgor que comprime.

Aos passos dos sonhos,
A maestria das palavras,
Aos medos mais medonhos,
O belo sai das lavras.

As pérolas de muitos cativos,
O pequeno de muitos nobres,
A mesma de vários adjetivos,
A graça para os pobres.

Ser ou aceitar,
Eis uma indagação,
A mesma pedra que pode te matar,
É o espelho da admiração.

Ao luxo do mais belo,
Uma marca da disputa,
Assim é o elo,
Que rege sua conduta.

Ao pensador,
Um gesto fraterno,
Somos filhos da dor,
No rascunho eterno.

 

 


 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 160 - Maio de 2018