Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

O "Poeta Andarilho"

                   (Dedicado a Luiz Carlos Martins, pela inspiração)

 

Vá, poeta, nas andanças da vida seguir
O tempo rodando.Seu destino é adiante ir.
Esse poeta sou eu.
Sou eu esse poeta
Que segue pelas estradas empoeiradas
Escutando as pedras silenciosas do caminho…
(Sempre há uma no meio dele).

Vá, poeta, respire fundo
O pó triste do mundo.
A morte segue seu dia
Mas não se esqueça, ó andador,
Que belezas há por toda parte…
E só de vê-las, a vista até arde.

Vá, poeta, sua sina é caminhar
É sofrer…mas também sorrir.
Quem sabe, até um dia…amar,
No silêncio de nós dois no porvir.

Siga sempre adiante
Como as pedras silenciosas do caminho.
Terras muitas e pessoas há
Muito além do horizonte.
Vá, poeta, vá…em sua faina diária
Descobri-las na sua longa e eternal caminhada

Vá, poeta, vá…

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 181 - Março de 2020