André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Se sabes...

 

Se, sobretudo, sabes... Tudo chega ao fim...
Por que ficar no orgulho, num mergulho fundo?...
Pois, vira pó teu corpo misturado ao mundo
Com qualquer miserável, pobre ou rico, enfim...

Mas se quiseres, leve teu orgulho, sim!
Até o misterioso nada mais profundo
E veja... Ele quebrar-se lá em um segundo
Pois, isso não é lenda nem pra ti e pra mim...

Pra quem já foi, já sabe como é medonho
Alimentar a vida com um falso sonho
Do orgulho pra ser rico em pobres pesadelos...

Então, que a humildade seja o nosso guia
Pra que depois da lápide obscura um dia
À luz assim dizer: "prazer em conhecê-los"...

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 181 - Março de 2020