André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

Água


Fonte, água que nasce virginal nascente
A inocular de vida, dá saúde e canta
Assim a fonte borbulhante se levanta
E vai se abrindo em margens, córrego inocente...

Água, fonte esquecida, deita o leito à frente
Vai em frente, rasteira, corredeira santa
Alargando-se mais, em quedas, sempre encanta
E quase como um susto é rio de repente...

Fonte, longa distância, para ser feliz
Fonte água da infância recordando diz:
Eu nunca sou a mesma nos caminhos meus...

Água, fonte da vida, é mortal na enchente
Água rega sementes, no sertão ausente
Fonte, água celeste, chuvas, fé em Deus...

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 182 - Abril de 2020