Aldo Martin Sotero
Petrópolis / RJ

 

 

Irreversível

 

Passou, e pronto!
Foi como um sopro,
sequer percebi
o início, o meio ou o fim.

Custa-me, agora, crer
o quanto idiota foi minha pretensão
de achar que o futuro traria de novo o meu encanto.

Ah, melhor...
o melhor, hoje eu sei,
foi tudo aquilo que passou.

O que vem pela frente
- como dói saber disso -
é sempre saudade, remorso, dor e pranto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 183 - Maio de 2020