Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG
Beatriz e Vinicius
Após uma secreção de terremotos
Viemos nos formando
Dividindo e juntando células
Compartilhando espaço
No aconchego dessa simbiose uterina
Onde chegou nossa hora de desfrutar a felicidade
Que embora seja suprema, é efêmera
Como tudo neste mundo.
Aqui, neste ambiente perfeito
Onde nada falta, é só amor!
Quando enfim soar o sinal de vermos a luz
-Rompendo-se assim o equilíbrio-
Fecharemos um pouco os olhos
Para que ela não os ofusque.
Após o trauma maior, o consolo virá
Pois encontraremos nossos pais
Que já nos adoram tanto!
E a corujice deles e dos outros parentes
Será em dobro, como não poderia deixar de ser.
E juntos, continuaremos vida afora
A caminho da Verdade Eterna
Mesmo que nossos destinos tomem rumos diferentes.
E essa sinfonia continuará, imitando a velha canção:
“São dois pra lá…dois pra cá.”
(Este poema foi “encomendado” pelo meu amigo PAULO, pai (coruja) dos gêmeos do título)
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