Eulina Moutinho
Rio de Janeiro / RJ

 

 

A chuva

 


A chuva bate na janela
querendo entrar
Não escrevemos só o que pensamos
Mas o que gostaríamos de falar
Há um silêncio enorme
Que não deveríamos escutar

É um vírus invisível e mudo
Talvez como a chuva que vai
Molhando as expectativas
E para uns, é o caos e sai
Avalanche escrita na janela
Descendo a ladeira que cai

A chuva quebra o silêncio
Dessa noite tão atípica
Notícias, fatos, dores, partos
Gotas do Céu, rítmicas...

Vai passando em lentos passos
Vai passar, não há dor que dure

 

 

Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 185- Agosto de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
Anote camarabrasileira.com.br/apol185-018.html e recomende os amigos