Matheus Souza Zanardini
Cascavel / PR

 

 

A torre

 


Fixa na eterna encruzilhada
De todos os caminhos que tracei
As vidas que vivi, as lágrimas que chorei
A solidão, o sorriso de uma vida esgotada

Agora perdido, só me resta o adeus
Da única despedida que posso sentir
Depois de todos os lábios sorridos
E das lástimas mentidas em cada verdade

Minha guilhotina está armada
Por minha mente amolada,
Polida para fazer do que sobra da vida
A dor que dá silêncio a cada berro

Meu Palácio se torna masmorra
O tempo me arrebata com ardor
Na velocidade de mil algozes
Para que o velho de pó morra.

 

 

 

 

Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 185- Agosto de 2020

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