Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG

 

 

Juan Rulfo

 


O menino de seis anos acompanhou assustado
A violência aterrorizante que assolou o México
Na década de vinte quando seu pai foi assassinado

Devido as constantes convulsões sociais
Em que seu país se embrenhou
Quatro anos após a “ida” de seu pai...
O coração debilitado de sua mãe... também cessou
                                                     
Com esta sequência infortunosa
O então impúbere Juan Rulfo...
É levado a ter uma vida tormentosa

Com isto entra em uma “fratura” emocional
Para livrar-se deste persistente incômodo
 “Mergulha” na arte e cultura local

A leitura devolveu... o que lhe foi tirado
Resultado natural vindo de sua dedicação
Ao “mundo” da ficção

Esta entrada ao universo fictício
 Onde a mescla do real com o irreal...
Trouxe animo àquele corpo... dando-lhe forças
Para expulsar o momento sem desejo de vida
 Que lhe impunha dor e sofrimento

Com isto atravessou aquele túnel sem luz
Acompanhado pelo desalento e desgosto profundo
Esta aterradora travessia ocorreu em um orfanato onde vivia
 
Arrimado por um mundo de fantasias
Alcançou o antídoto que lhe “curou” ...
Ao desanuviar aquela mente que não se encontrava sadia
   “Abrindo” espaço para vislumbrar o caminho do estrelato
Chegando ao esperado reencontro com o desembaraço e alegria

Que o “desatou” para narrar com virtuosismo
Destacando qualidade e diversificação sem erros e falhas
Tornou-se notável e cortejado pelos excepcionais autores
Garcia Marques, Jorge Luís Borges e Júlio Cortázar
Foram seus confessos admiradores

Apesar de sua obra não ocupar espaço em extensão
A magia de seu modo de narrar o levou a púlpito universal
Livros... apenas dois, mas com singularidade de narração
Que o posiciona como referência à literatura mundial.

 

 

Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 185- Agosto de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
Anote camarabrasileira.com.br/apol185-023.html e recomende os amigos