João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

 

A torre de pó

 


Escalei um monte, onde uma torre erguia...
Feita de pó, névoa e também luar...
E pus-me comovido a conversar ...
Com os poetas mortos todo o dia

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria,
De meus versos, de todo o meu sonhar
E todos os poetas mortos a chorar
Responderam-me então: Que fantasia.

Criança triste e inocente, nós também
Tivemos ilusões como ninguém
E tudo nos fugiu , tudo morreu

Calaram-se os poetas tristemente
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha torre de pó erguida lá no céu

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 190
Novembro de 2020

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