Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ
Sou luz
Não sei em que paradas supostas do caminho
Pensei que era mais equilíbrio ou mais certeza
Por que em certas estações expus pequeneza
Em outras, alguma vez chorei por um espinho
Não sei ou não me lembro de algum fato ruim
Usei recursos à deriva nas margens do tempo
Correndo maratonei e desfiz o pertencimento
Afinei o som do vento sempre a favor de mim
Em compasso com pensamento me transformei
Se em cascatas ou rios sei que acendi meu sonho
Agigantando meu valor preenchi o lado fútil vazio
Deixando ao acaso críticas alheias me reinventei
Na simplicidade gradual da verdade me exponho
Sou luz, aspergi amor no meu lado escuro sombrio