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Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 

Amigos amigos

 

São tantos que já passaram pela minha vida...
Muitos. Todos eles a seu bom tempo.
Amizades começam cedo, elas vão chegando.
Não sabemos como começam, elas vão ficando.
Vão partindo, saindo, nos deixando sem querer.
Algumas vem, sem dúvidas, com data para vencer
Outras permanecem para sempre, são verdadeiras.

Quantos amiguinhos de primeiras brincadeiras,
Conhecidos nas pracinhas, na vizinhança,
Companheiros dos tempos inocentes de infância,
Colegas de escola sentados bem pertinho...
Quantos castigos por falar tantos segredinhos.
E os amigos familiares, primos, primas e irmãos?...

Amizades que são eternas, que bom o reencontrar!
Abraço apertado, risos, parece que o tempo vai voltar.
Entre amigos não tem saudades, tem lembranças.
Amigo mesmo é o tempo que guarda sem perigo
Cartas, fatos, choros, medos, ganhos, um baú cheinho:
De presentes, cartões, versos, fotos e bilhetinhos,
Fatos gravados na minha memória e no diário antigo.

Cultivar amigos é preciso para manter o prazer.
Alimentar a amizade é agasalhar o coração.
É reflorestar o deserto de fantasmas da solidão.
Amigos, amigas, colegas, parceiras e parceiros.
Estou muito contente que estão todos presentes!
Fico muito feliz que aceitaram o convite alcoviteiro
Para participarem dessa transcendente festança
No solar temporal da minha alma de jovem criança.

 
     
 
Publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - Volume 57 - Setembro de 2009