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Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 

A lágrima da rainha

 

A lágrima que derramo
Não é minha
É daquela por quem clamo
É a lágrima da rainha,
Mãe dos degredados
Dos filhos da macieira
Cheios de pecados
Com fome e zonzeira.
Peço a misericórdia infinita
Para almas desditas
Que derrame chuvas de graças
Que caiam no sertão
E mande entrar as mulheres
Fortes e com muita raça
Entre elas está o futuro de ouro
A rainha menina de pés no chão
Que troca por pão seu tesouro
Que cala a dor à beira da estrada
Que perde sonhos em poeiras de solidão
Que espera que a lágrima da mãe amada,
Role pela face seca e enrugada do tempo
E a milagrosa rainha salve as filhas da ilusão.

 
     
 
Publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - Volume 58 - Outubro de 2009