Abraão
Leite Sampaio
Governador
Valadares / MG
O
bardo e as letras
Ao dar-lhes
a união surgem versos que desanuviam pensamento de tormento,
penetram em corações e mentes que acreditam serem
blindadas.
A "ele"... elas obedecem como animais em adestramento.
Como em quebra-cabeças são encaixadas, brilhando
em versos e peças cantadas.
Desunidas...
são como ilhas sem vidas.
As tocam, pincelando as mais saltitantes e atrevidas,
fazendo junções, surgindo exclamações...
interrogações, mas... nunca um ponto final.
Porque o caminho do versejar é "reta tortuosa"
tendo o infinito como término real.
Caem nos anais das escritas como abundantes gotas em temporais.
Facilidades em manipulá-las que, mesmo adormecidas em
linhas.
Despertam-nas ao simples toque... acionando o verbo ler que
lhes acariciam com prazer.
Reagem com força coesa... realizando proeza de até
o "céu "acariciar.
Aceleram o andar, pensar e o amar mesmo na inércia a
ficar.
Descrevem o momento exato de um idílio sem protagonista
como auxilio.
Induzem: enxergar de olhos fechados,
falar sem som emitir e gesticular sem os membros movimentar.
Lampejos de momentos criativos... brilhantes como faíscas
de braseiros.
Escrevedores incessantes admiram cada letra como os apaixonados
as amantes.