Luiz
Eduardo Martins de Oliveira
Rio
de Janeiro / RJ
Domingo
Nem
mesmo o amor sabe explicar
Que é feito de tudo:
Das sombras que se ausentam
Das ideias fugidias
E bocas emudecidas.
A luz pra
ninguém se expõe nas tardes perdidas:
Onde estão as pessoas que à semana vivem?
Ninguém explica o mistério da solidão
Das ruas que entristece o Sol.
E envergonhada
vem a lua pratear
Calçadas e ruas
Janelas e portas
Buscando um sorriso jovem ou adulto.
Ainda que
haja a malícia da véspera
Desse dia que nada diz pro mundo –
Mais um dia domingo.