Edmilson
Soares dos Anjos
São
Paulo / SP
Quantas
vezes, Senhor
Quantas
vezes, Senhor, me hei perdido
E da via da virtude divagado.
De vícios e prazeres consumido
Trago no corpo a marca do pecado.
Tanta angústia, Senhor, me há ferido.
Meu coração está despedaçado.
O fel de toda dor hei já sorvido.
Eis-me aqui de sofrimento coroado.
Mas não te engane o ver-me constrangido
De escarro e dano conspurcado.
Sou o mesmo, Senhor, que em tempo ido
Tu havias ao céu predestinado.
Sou aquele por quem tu hás morrido.
Sou aquele que tanto hás amado.