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Vicência Maria Freitas Jaguaribe
Fortaleza / CE

 

 

Acostumamo-nos ao silêncio

Acostumamo-nos a ser silentes.
Aquele silêncio reticente
O silêncio ambivalente
O mais das vezes, conveniente.

Às vezes ele ameaça cair sobre nós
Engolindo o dito e o não dito.
De repente nos sentimos sós
Reprimindo de nossa dor o grito.

Mas o silêncio alimentamos:
O silêncio é uma grande muralha
Atrás da qual nos guardamos.

E em desespero jogamos a toalha
Retirando-nos do centro da luta:
Não desejamos nova disputa.

 
 

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Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 76 - Abril de 2011