Paulino
José Pereira de Lima
Santa
Luzia / MG
Epílogo
Não tenha por retratado
O doce licor dos sonhos
Feito ícone em festa de gala
Os canapés sobejados no vão das bandejas
Não revela o roteiro do baile.
A rima morta não adentra à porta
A faca corta a saborosa torta
de maçã
A manhã vislumbra na penumbra
da aurora
O sol aflora os corpos largados no jardim
Enfim, o tão esperado epílogo
das aventuras frustradas
das paixões adiadas
dos amores perdidos
da liberdade cativa
no foragir-se das razões
Os afetos estilhaçados no assoalho
das incertezas.
Nada que o acaso,
por acaso venha reinar.
Mas ainda se faz bailar uma dança
no salão das possibilidades
Na expectativa de um novo encontro
Ou
Na perspectiva de um encontro novo.