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Ulli Uldiery Oliveira Silva
Paramirim / BA

 

 

Contemplação humana

O corpo deflora violentado no fogo
as cinzas demoram, frias fiam-se em torno
dos tempos avessos em
rastros tardios.

E em espasmos se desmonta,
em dor aguda se desfaz.
Tem-se erros e vísceras,
tem-se medo de ficar oco.

Descasca-se na confissão.
Só agora, penetra-se.
E então?
Colhe-se imaturo.

Homem seco
com o peso do mundo
envolto todo em sombra
da sobra do tempo.

O que lhe restou.
Na ausência da palavra, o corpo,
na ausência do corpo, a alma,
na ausência da alma, o fim.

 
 

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Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 76 - Abril de 2011