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Messias Vilela
Poços de Caldas / MG

 

 

Abajur

No quarto escuro acendo a luz do abajur
E o celebro: Luz pra vida!
E o bajulo... Luz intensa...
Eu o vejo, mas ele não vê a mim
Não há luz sobre meu rosto!
Só hoje descobri que essa sua luz intensa
Às vezes, só me cega!
Não quero o quartosem abajur, no entanto
Não quero escuridão por completo, contudo
Preciso da sua luz e do seu encanto
Mas preciso iluminar sobretudo
Não te descarto!
Não descarto teu charme e teu romantismo
Apenas precisamos nos ajustar
Quero poder olhar pra você
Admirar sua forma,
Ter a ciência do espaço importante que ocupa
Saber que se preciso
Posso orientar-me pelo teu centro
Notar que a luz que vejo forte por fora
É ainda bem mais forte dentro!
E não ter prejudicada a visão
E passar às cegas toda minha mocidade!
A melhor forma de fazer com que me veja
Sem diminuir a tua intensidade:
- Perceba o ponto de vista que parto -
A melhor forma de olhar sua luz
É acendendo também a luz do meu quarto!


 
 

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Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 76 - Abril de 2011