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Leda Maria Messias da Silva
Maringá / PR

 

 

Queimadas

O planeta sufocado, resseca,
não consegue respirar.
A fumaça apaga a última chama,
de esperança, contida no ar.

Ao invés de claridade,
obscuras nuvens negras.
Labaredas que invadem,
O solo devassado pelo fogo,
ressecando, ainda mais,
a estação que já é seca.

Não há vida, não há luz,
porque opaca é a sua claridade.
Somente a certeza mais negra,
a mais dura realidade:
Um homem acendeu esse pavio,
da ganância mais vil, da ignorância à maldade,
da destruição mais cega, ambiciosa e mais covarde.

Queimado como um carvão,
sem brasas, sem combustão,
consumido pelo egoísmo,
assim é o seu coração.

O retrato do homem,
Que não se emociona com a natureza,
que queima o seu próprio chão,
marcado com a sua dureza,
sem pensar nas consequências,
sem pensar na humanidade,
na vida, na longevidade,
tem em sua face uma alcunha: Covarde!

 
 

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Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 76 - Abril de 2011