Rozelene
Furtado de Lima
Teresópolis
/ RJ
Mandala
da vida
Rapunzel
viveu até eu cortar as tranças.
Chapeuzinho da cor vermelho sangue
Ficou até lobo me pegar
E sonhar com o sapatinho de cristal. Alice, onde está meu anel?...
E aí... acordei.
Na forma do violão adolesci,
Solfejos de amor eu escrevi.
O salto do sapatinho quebrou
O príncipe me abandonou. E aí... me desiludi.
Fiz novos amigos: Ceci e Peri,
Helenas, Inês, Luisas, Kareninas,
Arthur e Merlin, Capitu, Bovary,
permeados por poetas e Coralinas
E aí... me permiti.
Escalei pirâmides de sonhos.
No chão escorregadio do amor
Andei, dancei, patinei e cai.
Na mandala da vida me perdi. E aí... chorei.
Descartei farrapos e desfiz emaranhados.
Foquei em personagens com nova visão.
A luz da alma refletiu nos meus olhos banhados
Transmutando gotas aperoladas em joias de perdão
E aí... encontrei
Paixão à flor da pele e à raiz dos pelos
Que transcende livros e modelos
Tecido no coração, gerado no ventre do querer
Alimentado nos seios da vida para crescer
Amor como eu sempre quis.
E aí... sou feliz!
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