Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 96 - Janeiro de 2013



 

André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

Valente

 

Valente, valentia enfrentando a vilania,
É assim todos os dias, a vida do cidadão...
De A até Z, qual é o nome?... Saindo pela via,
Enfrentando ônibus e trem... Metrô e camburão.
O sobe e desce dos morros: em segredo...
Entra e sai pelas vias e ruas,
O movimento começa logo cedo... Andando o cidadão às escuras.
Outrora, as esposas em casa...
Cuidando dos seus rebentos que mimavam,
Hoje, do casal, saem os dois sem argumentos...
Deixando os filhos de olhos sedentos.
Passam o dia em diversas atividades...
Carteira assinada, autonomia ou servil servidor...
Contraventor, ambulante ou habilidoso enganador...
Este último, sem pudor e, com carteira de imunidade.
E, os salários, vêm e vão, sem um aumento real...
Só reajuste redutor...
... A inflação está no passado, no tempo do economista...
... Mas, está muito presente, no bolso do trabalhador...
... E os políticos nos “outdoors” com sorrisos otimistas.
E a pirâmide social da (In)justiça, vê a sua base alargando,
A classe rica virando média, a média abaixando fica,
Abaixo do pobre o miserável, que ao pobre vai diplomando...
... E o milionário de cima olha... Sorri... E se justifica.
Retornam todos à noite...
Empresários e políticos deitando nas “king Sizes”...,
Desembargadores e Juízes, relaxando nos “ofurôs”...,
E o pobre trabalhador... Sentindo... Com grande louvor...
O peso do dia a dia... E todos os filhinhos...
Com olhos sedentos de amor.


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