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Eduardo
Luiz Silveira
Itapevi
/ SP
Entre
aspas
Fui
“poeta reconhecido e consagrado”
Fui “poeta premiado e homenageado”
Fui “poeta célebre e transcendental”
Fui “de todos os tempos, poeta maior”.
Fui “contemplado por um vasto público”
Fui “respeitado como fenomenal e genial”
Fui “nome de destaque da literatura universal”
Fui “artista marcado para sempre na história”.
Mas fui pessoa digna, justa e decente?
Tive bom caráter, boa conduta e bom coração?
Vivi de acordo com tudo aquilo que escrevi?
Se não, de que me valeram “prestígio, fama e notoriedade”?
De que me valeram “talento, dom de escrever poesia”?
Fui “grande poeta” mas não fui grande pessoa...
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