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Juro
que nos amamos
A cinco minutos das quinze horas
De trinta de julho de dois mil e doze
Minha clarividência revelou as cantoras
Do "Coral Anhangá" do Ginásio Pio XII,
Ensaiando sob a regência do saudoso "Silva Novo"
O repertório musical a apresentar
Na sessão memorável a vinda do ano novo
Cuja data não posso e nem devo precisar,
Porque naquela noite de lua clara
Uma mocinha daquela instituição
E de linhagem deveras rara
Varou em cheio o meu coração.
Enquanto eu a não fazer feio
Fingi não vê-la naquele momento
E a duras penas pus freio
Na dinâmica de o meu instinto.
Mas na saída do auditório...
Dei sinal que queria lhe falar
De algo sobre nós no refeitório.
Ela correspondeu-me com um até lá...!
E a colarmos as nossas mãos
Os seus olhos persuadiram os meus
E como fôssemos dois balões...
Nos elevamos aos céus...,
E quando ao chão voltamos
Nos abraçamos e ela me disse:
" Sou Isabel e juro que nos amamos
E somos almas gêmeas, acredite;
Protagonizando a história de Julieta e Romeu,
Contada e recontada na pracinha do Liceu".
(À loirinha Isabel Gaspar...)
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