Marcos Filho
Macaé / RJ

Amor, uma aula sem fim

É impossível escrever sobre o amor em poucas palavras. Mas podemos discorrer os vários fatos que já aconteceram e acontecem com todos nós, com exceção do dicionário que pode referir-se a ele de uma forma geral e mais limitada. Entretanto, a experiência e as diversas situações que a vida abrange, é que são capazes de descrevê-lo sem limites. Conhecemos a palavra dita, algo que nos traz afeto, amizade, etc. Porém, há milhares de outros significados quando o ligamos com o cotidiano do ser humano; compreendemos de uma forma geral, quanto superficialmente e mais minudenciado. Ou seja, são várias as sensações assistidas de acordo com a situação em que o ser humano estiver passando. Ele pode estar precedido de um significado não só positivo, mas também negativo.
Logo, a professora de filosofia Rita de Arcanjo tem sua aula interrompida e questionada por uma aluna:
- Professora, eu entendo o amor por ser algo maravilhoso, algo que nos encanta, algo de grande valor e de positividade. Mas por que a senhora disse que o amor também pode ter significados negativos? - perguntou Lara Laura, após ouvir a palavra que lhe incomodou.
- Muito boa a sua pergunta, Lara. Se pararmos para analisar, tudo na vida tem as duas cargas. Embora tenham pesos diferentes, cada caso é um caso. O amor também exibe seus momentos e valores negativos. Quando você ajuda alguma pessoa, talvez esse comportamento possa estar aliado ao amor positivamente. E quando você tem ciúmes extremo por alguma pessoa? Eis que surge o lado negativo. Nesse caso, podemos referir a um amor doentio, hipocondríaco, fora do normal, não saudável, prejudicando de certa forma a sua relação com esta e outras pessoas, Levando a pessoa a manifestar-se com condutas inúteis que colaboram para um desenvolvimento árduo e impróprio ao amor. Por isso, eu disse que existem os dois lados. Entendeu? - perguntou a professora.
- Sim, é difícil compreender. É o que a senhora disse, só o tempo para nos apresentar as oscilações que têm no amor.
- Professora Rita, eu tenho uma dúvida... mas estou com vergonha! É um pouco diferente das que foram perguntadas até agora. - disse Bernardo Castanheira.
- Pode falar, Bernardo. Estou aqui para isso, ajudá-los a tirar todas as possíveis dúvidas que tiverem com o maior prazer. A nossa aula também é um debate democrático e saudável. Estamos aqui para aprender um com outro.
Após a professora deixá-lo mais àvontade, o garoto começa a se desleixar e a formar a pergunta:
- E quando ouvimos os adultos dizendo que vão fazer amor. Eles não estão confundindo a palavra amor com sexo?
A professora mesmo surpresa com a pergunta que do garoto, procurou não demonstrar o seu ar de preocupação em como responder de uma forma mais educativa o assunto em questão. Afinal, muito cuidado é pouco para esses adolescentes compreenderem da maneira correta e menos abrasiva.
- Bernardo, Bernardo. Você está muito esperto para o meu gosto - disse a professora procurando entretê-los até conseguir começar a explicar. - Então, o amor também pode estar ligado à união de dois indivíduos. Você, por exemplo, foi feito com muito amor da sua mãe e do seu pai, que através da união deles, conseguiram fazer você. Por isso, que amor de pai e mãe não se brinca (risos).
Para não criar mais questionamentos em um tema delicado, onde o aprofundamento no assunto é impróprio para a série que eles estão cursando, a professora diz:
- O amor nada mais é, que o conjunto de emoções que nos tocam de uma forma mais intensa. Só o tempo vai poder mostrar. Ele às vezes é fácil de ver, mas não é fácil ter. Já que ele acontece naturalmente. Embora, a educação faça um papel muito importante para a ampliação do mesmo.
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Prontamente o telão da sala de cinema da faculdade Platô é pausado e o professor de psicologia Massan Forbis proclama os seus últimos comentários:
- Após o vídeo, ficou claro o que é amor? Não só tivemos uma boa explicação da professora Rita de Arcanjo, como identificamos exemplos arrebatadores e reais naquela sala de aula. O amor pode estar acontecendo sem vocês perceberem. É lindo ver uma professora explicando sobre o amor, e ela ter o amor pelos seus alunos.
Numa simples sala, sem condições favoráveis e todos com a sombrinha na mão para escaparem da gota d'água que caía dentro da sala de aula, não deixa de ser um grande exemplo do que é o amor; a professora levando o conhecimento aos seus humildes alunos e esses com os olhos brilhando por conseguirem estudar. Isso só aconteceu graças ao amor de ambos. - O amor não é uma coisa construída. Mas sim dimanada conforme o interior de cada um. É como a professora disse, é impossível descrever sobre o amor em poucas e resumidas palavras. Por isso, é que o amor é uma aula sem fim. - Bem, espero que tenham gostado da aula de hoje. Com certeza, o conteúdo passado irá ajudá-los, a saber, lidar com as diferentes situações que envolverem o assunto. - A visão de todos pelo amor será mais ampla do que antes. Por isso, a importância da educação na vida de cada um é muito grande. Se vocês fazem psicologia, eu acredito que seja por amor a profissão. Bom fim de semana a todos, e até a próxima aula - finalizou o professor Massan Forbis, contente com a absorção dos alunos ao tema referido.
Às vezes o amor está tão perto que as pessoas não percebem. O professor de psicologia Massan Forbis também é um grande exemplo por andar de muletas, se esforçando a cada dia para conseguir realizar sua missão, além de estimular os alunos em ambas as salas a se respeitarem, independentemente de cor, raça, religião etc.
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Tenha amor. Busque pelo amor. Contudo, não idealize o amor. Deixe acontecer, que o amor vai surgir quando você menos esperar.