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Isaías Barbosa
Curitiba / PR

Seca

Conheci uma terra com mata verde
Onde as flores se abriam na primavera.
As pessoas e animais matavam a sede
Numa enorme cachoeira.

A chuva molhava a estátua
Enquanto as crianças brincavam
Num corre-corre no meio da praça
Onde os pirilampos lampejavam

Mas a seca dos estados do Nordeste
Desceu para o Sudeste e Sul
Matando de sede como uma peste
Dizimando sem perdão um a um.

Pequenas gotas cristalinas
Tesouro escondido nas nuvens
É uma dádiva divina
Que só é valorizada quando não chove.

O pior castigo da humanidade
É a sede e a fome
A falta de amor e amizade
Acaba com a vida do homem.

Sem água e sem amor
Ninguém consegue viver
Como a abelha sem a flor
Como o homem sem mulher.

 

 

 


 

 

 
Poema publicado no livro "100 Grandes Poetas Brasileiros" - Edição Especial - Maio de 2015