Júnia Paixão
Carmo
da Mata / MG
Otimista, graças a Deus!
Considero-me uma pessoa otimista. Tenho sempre dentro
de mim a sensação que tudo vai dar certo, seja o que
for, e este sentimento é inato. Pouquíssimas vezes em
minha vida perdi a esperança, e desses momentos guardo lembranças
tristes. Procuro sempre olhar a vida com generosidade, com tranquilidade.
Mas pensando nisso, lembrei-me de dois momentos, que se repetiram
em minha vida algumas vezes, e dos quais tenho uma profunda saudade.
Não só saudade do ocorrido, mas saudades do sentimento
bom, de alegria e da esperança personificada.
Um desses momentos é a mudança de casa. Já mudei
algumas vezes em minha vida e desde criança a primeira manhã
na casa nova (nem sempre melhor), trazia sempre um gosto de surpresa
e expectativa, novas possibilidades, jovens maneiras de viver! Gosto
de mudanças. Mesmo quando vivo muito tempo em um lugar, vario
sempre os móveis de lugar, os enfeites de mesas, os quadros
de paredes e os retratos de cômodos. Acredito que é preciso
por a energia em movimento. A mesmice me incomoda muito.
O outro momento do qual guardo saudades profundas, é a chegada
em casa com meus bebês recém-nascidos. Que delícia!
Os primeiros dias eram os mais especiais. O mundo lá fora não
importava, a falta de sono e o cansaço também não.
A casa era inundada com choros e cheiros. Sentia-me a mulher mais
poderosa do mundo! Segurava nos braços um verdadeiro milagre
de Deus. E mais que isso, aquele pedacinho de gente, era uma pessoinha
nova em folha, e que representava toda a minha esperança de
felicidade. Foram três imensos presentes e três momentos
igualmente mágicos.
Hoje meus bebês já estão bem crescidinhos e alçam
voos em direção aos seus ideais de vida. Também
não pretendo mudar de casa tão cedo. Mas as lembranças
de sensações tão boas e tão profundas,
com certeza contribuíram para que continuasse a acreditar na
vida e nas pessoas incondicionalmente. Sou uma otimista incorrigível.
Graças a Deus!